sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Na realização das atividades propostas já posso ver acontecer a interdisciplinariedade entre as interdisciplinas, tanto na didática, na linguagem, como no EJA, percebendo a relação entre as mesmas.
As propostas das atividades trazem para nós educadores a importância de um bom planejamento de ensino, de uma pedagogia crítica, voltada para os reais interesses e necessidades dos alunos, dando oportunidade para que todas as vozes sejam ouvidas, tornado-os sujeitos ativos, participativos, com pensamentos e opiniões próprias, transformando a realidade na qual faça parte, sendo “atores sociais”.

Linguagem e Educação

O texto ”Modelos de letramento e asprática de alfabetização na escola”, de Kleiman nos mostra que a escola não se preocupa com o letramento social, mas apenas com um tipo de letramento, a alfabetização, revelando o quanto é mecanizado o processo de alfabetizar, onde o aluno necessita ter aquisição da escrita (domínio de códigos alfabético, numérico) para garantir o sucesso na escola, classificando-os em alfabetizados ou não –alfabetizados, deixando de lado o letramento social, que faz parte do seu convívio diário, da sua realidade de vida.
O ambiente escolar sendo um espaço de interação, comunicação, de grandes descobertas e aprendizagens deveria levar em consideração a importância do contexto social, no desenvolvimento das habilidades cognitivas de seus alunos, garantindo assim o sucesso de todos na escola.

Didática

A proposta pedagógica de Comênio nos revela a busca por uma educação de melhor qualidade, transformadora, inovadora, uma prática pedagógica voltada para os reais interesses e necessidades dos alunos, para que assim a aprendizagem realmente seja significativa para eles, caso contrário como diz Comênio “formarem alunos que normalmente só conseguem repetir nomes e conceitos sem compreenderam do que estão falando”.
Com uma proposta pedagógica com mais qualidade e menos quantidade garantiremos uma aprendizagem muito mais produtiva e satisfatória, pois, conforme diz Comênio “investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais.” Isso nos faz repensar sobre o nosso “fazer pedagógico”, onde muitos educadores tem como principal preocupação passar informações, seguindo a listagem de conteúdos, sem dar muito importância se o que está sendo passado para os alunos naquele momento é significativo, se é do interesse deles, se condiz com a sua realidade de vida, estes questionamentos, estas reflexões devem acontecer diariamente dentro de um planejamento, pois, quantidade muitas vezes não garante qualidade.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A partir da leitura do PARECER CEB nº 11/2000 –Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos pude compreender que a EJA abrange não somente a alfabetização, mas também o ensino fundamental e médio.
A EJA atende alunos-trabalhadores maduros, experientes na vida, que por motivos de repetência, evasão, não tiveram acesso a escolarização obrigatória em “idade própria”.

Pensar em EJA é pensar na relação de educação e trabalho, pois, muitas vezes o aluno /adulto leva para a sala de aula o cansaço de um dia longo, exaustivo de trabalho e isso precisa ser levado em consideração pelo educador EJA. Não existe um tempo estabelecido para que todos aprendam, é preciso respeitar o tempo de cada educando/adulto, garantindo assim a permanência de todos. Mas para que esta permanência seja assegurada é fundamental que a proposta pedagógica da EJA esteja voltada para os reais interesses e necessidades dos alunos, satisfazendo as necessidades de jovens e adultos, , qualificando-os em seu trabalho e em seu modo de vida.
A leitura do texto “O menininho”, de Helen Buckley, nos faz refletir sobre a nossa prática docente, o importante papel que nos educadores temos de auxiliar ou não, na construção da autonomia, da criatividade e imaginação da criança. Devemos ter o cuidado para que em nosso cotidiano, não aconteça como nesta história do menininho, que teve sua liberdade de expressão “podada” pela professora, onde todos os alunos deveriam desenhar de acordo com as orientações da mesma, utilizando as cores que ela dizia, ou seja, tornando-os assim crianças dependes, sem estímulo para criar, re (criar) inventar, imaginar.
Devemos fazer de nossas aulas um momento único, mágico para nossas crianças, motivando-os em cada novo desafio, expondo livremente seus pensamentos e opiniões, proporcionando um momento de grandes descobertas e aprendizagens, tornando o dia a dia da sala de aula, um ambiente prazeroso, interessante e atraente para as crianças, consequentemente, tendo uma aprendizagem mais produtiva e satisfatória.
“O aluno só aprende alguma coisa, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar sua ação”. ( Fernando Becker)
Sétimo semestre